PObserva Magazine | September 2020
Artigo da autoria de Alfredo Soffel, membro do Conselho das Comunidades Portuguesas na Alemanha.
Revista "Observa Magazine"
de Setembro de 2020
Portugal Post Oktober 2018
Portugal Post Outubro 2018
Regresso de Emigrantes a Portugal
Portugal Post
Setembro 2018
Por altura da rentrée política e com a aproximação do último Orçamento de Estado do actual mandato apoiado pela Geringonça, o Partido Socialista decidiu avançar que iria incluir uma proposta de redução no imposto sobre o rendimento (IRS) a suportar por re-sidentes em Portugal que tivessem abandonado o país entre 2011 e 2015 e que
decidissem regressar a Portugal em 2019 e 2020, acompanhada da possibilidade de dedução das despesas de deslocação incorridas com o regresso no apuramento do imposto devido.
O líder do PS e do governo, António Costa, tinha prometido no último congresso do partido que iria apresentar medidas que promovessem o regresso de jovens que saíram do país durante os anos da crise financeira e económica. Estas chegaram na forma desta ideia, apresentada em linhas muito gerais ao semanário Expresso e retomadas num comício em Caminha: quem regressasse em 2019 e 2020 teria uma redução de 50% no IRS ao longo de um período a definir entre 3 e 5 anos, assim como poderia deduzir das despesas de deslocação e habitação inerentes ao regres-so. António Costa, em declarações ao Diário de Notícias, afirmou que “O País para continuar a crescer precisa de aumentar os seus
recursos humanos. Somos um país aberto à imigração, mas não devemos renunciar também a atrair a Portugal aqueles portugueses que emigraram”.
A proposta nos termos avançados mereceu as mais variadas críticas, vindas tanto de todos os partidos político com
assento parlamentar como dos potenciais beneficiários da medida. Entre os partidos políticos e entre membros das
comunidades portuguesas no estrangeiro apontou-se a discriminação entre jovens qualificados e os outros emigrantes, assim como face àqueles que emigraram
noutros períodos de tempo que não o compreendido entre 2011 e 2015. Houve lugar a uma clarificação posterior em como as medidas se destinariam a todos os que abandonaram o país, mas continuando focada naqueles que saíram do país durante os anos da última crise económica e financeira.
Um outro foco das críticas à proposta prendeu-se com o facto de ignorar a estabilidade de emprego, remuneração salarial e oportunidades de carreira como factores determinantes para
atrair o regresso de emigrantes, mais do que um desconto no IRS temporalmente limitado e que tende a ser mais interessante apenas para quem consiga auferir uma remuneração elevada
em Portugal, país onde o salário médio mensal líquido se cifra nos € 856 (dados do INE para 2017).
Recorde-se ainda que o governo anterior instituiu um regime de incentivos à captação de recursos humanos qualificados para o país, actualmente em vigor, que consagra a aplicação de uma taxa
de IRS de 20% ao longo de 10 anos aos rendimentos auferidos por aqueles que estabeleçam residência fiscal em Portugal.
Este regime não diferencia idades, mas restringe-se a um conjunto de profissões definidas na legislação.
Perante o conjunto de críticas, António Costa avançou ao DN que “É possível, daqui até à versão final do Orçamento do Estado, melhorar esta proposta, de-signadamente em matéria laboral e
relativamente às oportunidades de salário”.
“Agora, o nosso País, se quer continuar a crescer, se quer continuar a criar postos de trabalho, tem de aumentar os recursos humanos. E é por isso que vale a pena este esforço”,
reforçou o primeiro-ministro.
Na senda desta proposta e numa perspectiva construtiva o GRI-DPA sistematizou a sua apreciação ao que foi avançado, acrescentando considerações com vista à melhoria da mesma, numa
carta que endereçou ao primeiro-ministro e ao Secretário de Estado das Comunidades. A carta contempla ademais várias sugestões que podem contribuir para atrair efectivamente emigrantes a
regressar com a sua
riqueza humana e material a Portugal.
Comunidade Ensino
Iniciativa do GRI-DPA analisa e debate a situação do Ensino da Língua Portuguesa na Alemanha
O movimento associativo ontem e hoje
Artigo de opinião de
Luciano Caetano da Rosa e Alfredo Stoffel
A Língua Portuguesa, factor identitário e de integração?
Síntese Análise da situação do Ensino da Língua Portuguesa na Alemanha sobre iniciativa do GRI-DPA.
Manuel Campos e Alfredo Stoffel, ambos portugueses a viver na Alemanha, são hoje os nossos convidados. 54 anos depois da emigração oficial portuguesa para terras germânicas, vamos regressar ás origens desta comunidades, olhar o presente e perspectivar o | 22 Mar, 2018 | RDP Internacional.
18/03/2017 - Conferência do GRI-DPA, que analisa e debate a situação do Ensino da Língua Portuguesa na Alemanha. A Língua Portuguesa, factor identitário e de integração. Uma reportagem de Marisa Fernandes e de Oliver Cloppenburg emitido no dia 6.04. na RTP 1 e RTP Internacional.
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